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Olá amigos!

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sexta-feira, 25 de maio de 2012

O POLVO ANIMADO


                                         
      No oceano, entre muitas algas marinhas e o colorido coral, morava um animado polvo.
     Ele tinha oito tentáculos que ele adorava usar para fazer cócegas. Quando o polvo fazia cócegas nos peixinhos, eles
 pulavam, saltitavam e se contorciam!
     Todos achavam aquela brincadeira muito divertida! Mas a maior parte dos animais marinhos achava aquela brincadeira muito entediante.
    Certa vez, o polvo fez cócegas na estrela-do-mar e ela se contorceu toda!
      – Pare com isso! – ela gritou.
   O polvo fez cócegas no siri, que tropeçou e caiu na areia.
     – Fora daqui! – ele esbravejou.
     – Mas eu sou um polvo animado e sou muito bom em fazer cócegas – disse o polvo tristemente. E nadou para junto dos pequenos peixes para brincar com eles novamente.
    Um dia, o polvo viu a ostra cochilando perto de algumas conchas. Ele não pôde resistir e fez pequenas cócegas nela. Mas a ostra acordou com um salto e deixou cair sua preciosa pérola. Ping! Póing! Póing! A pérola quicou para perto das pedras e foi levada pela correnteza.
     – Oh! Não – assustou-se o polvo. A pobre ostra ficou muito chateada.
     – Desculpe-me – disse o polvo.
     – Eu a trarei de volta para você. O polvo nadou bem depressa pelas águas.
     – “Uau!” – pensou o polvo. “Eu jamais imaginei que pudesse ser tão veloz” Vupt!
    O polvo seguiu a pérola, que estava caindo em direção às profundezas do mar.
     – “Uau!” – ele pensou. “Eu jamais imaginei que pudesse nadar tão fundo!”
    O polvo estava quase alcançando a pérola, mas... Ping! Póing! Póing!
   A preciosa pérola quicou nas pedras e caiu dentro de um buraco, no fundo do oceano . O polvo se contorceu, balançou-se e se espremeu ... E conseguiu passar, com seu corpo elástico, pela fenda.
     – “Oh!” – ele pensou. “Eu jamais imaginei que pudesse ser tão flexível!” Lá no fundo, brilhando na escuridão, estava a lustrosa
e iluminada pérola. Mas logo atrás dela havia uma feroz enguia.
      – Aaaah! – gritou o polvo. Ele, então, rapidamente pegou a pérola e saiu daquele buraco.
     – Eu quero essa pérola! – vociferou a enguia.
    O polvo nadava ofegante enquanto a enguia o perseguia. Ele já havia nadado uma longa distância e sentia-se muito cansado. A enguia estava chegando cada vez mais perto... Com um esguicho e um espirro, o polvo lançou uma nuvem de tinta preta que fez com que a enguia não pudesse enxergar coisa alguma!
     – “Puxa! – Eu nunca imaginei que pudesse soltar essa tinta!” e foi dançando muito feliz até a ostra.
     A ostra ficou muito satisfeita por ter sua pérola de volta.
     – Eu prometo que não farei mais cócegas em você novamente – disse o polvo.
    – Descobri muitas outras coisas que sei fazer muito bem. A partir de agora, eu serei um...rápido, explorador, flexível, esguichador polvo...
     ... Mas eu ainda sou animado e posso fazer algumas cócegas também.
GALLOWAY, Ruth. O Polvo Animado Ed. Ciranda Cultural, 2010 (Adaptação).

O jabuti e a onça




Certa vez, o jabuti pegou a sua gaita e tocou assim:

___O osso da onça é a minha gaita ih,ih,ih,...

A onça, que passava por perto, ficou irritada e correu para pegá-lo.Mas o jabuti meteu-se num buraco adentro e a onça só conseguiu agarrar-lhe a perna.

O jabuti deu uma risada e disse:

___Pensa que agarrou minha perna? Agarrou uma raiz de pau!

A onça largou então a perna do jabuti, que deu uma segunda risada:

___Ora, dona onça, de fato você agora soltou a minha perna.

A grande tola, ao saber disto, ficou furiosa e durante muito tempo esperou o jabuti sair. Mas o jabuti, que era muito paciente, foi ficando, foi ficando, até a onça desistir e ir embora.

Sìlvio Romero

Ninho de Cuco

O cuco é o mais mafioso dos pássaros. Não gosta muito de trabalhar e adora ocupar o ninho dos outros.
Foi assim que, um dia, um pardal muito bondoso, emprestou o seu ninho para o cuco e pediu que, em troca, ele ficasse por algumas horas tomando conta da ninhada toda.
Saiu. Quando voltou, encontrou o cuco numa zorra danada, bagunçando seus ovinhos:
- Quer dizer que eu lhe empresto o ninho e você faz essa bagunça?
Ao que o cuco respondeu:
- Eu estou retribuindo a sua hospitalidade. Nós, cucos, somos assim mesmo: só posso ser como sou.
O pardal, cheio de raiva, deu uma bicada no cuco, que, ofendido, disse:
- Mas o que é isso, amigo?
E o pardal respondeu:
- Essa bicada é tudo o que eu lhe posso dar, no momento. Sinto muito, mas nós, pardais, somos organizados, e você e seu ovinho vão ter que cair fora do meu ninho.
E o cuco, bagunceiro, foi baixar noutro terreiro: mais precisamente no buraco vazio de um relógio, onde, desde então, dá duro para sobreviver trabalhando em turnos de meia hora.
Cuco-cuco-cuco!

(FRATE, Diléia. Histórias para acordar. Companhia das Letrinhas)

O MACACO DE ÓCULOS





Um macaco, que se achava muito esperto e inteligente, estava ficando velho e já não enxergava muito bem.

Preocupado com isso, resolveu usar sua esperteza e saber o que os homens fazem quando ficam velhos e já não enxergam bem.

Conversando com alguns, descobriu que era preciso usar óculos. Arranjou seis pares de óculos para não correr o risco de um só não dar certo.

Pendurou um no pescoço, outro no rabo, um na cabeça, outro na nuca, um no pé, um outro na mão... mas nada! Continuava sem enxergar. Cheirou, lambeu, mudou as posições e não conseguiu nenhum resultado.

Continuava enxergando mal, o macaco, então pensou que estava sendo enganado pelos homens. Ficou furioso!

Pegou seus pares de óculos, jogou-os no chão e pisou em cima. Coitado! Continuou sem enxergar!
Responda às questões a seguir:

O galo que logrou a raposa




Um velho galo matreiro, percebendo a aproximação da raposa, empoleirou-se numa árvore. A raposa desapontada, murmurou consigo: "Deixe estar, seu malandro, que já te curo..."

Em voz alta:

- Amigo, venho contar uma grande novidade: acabou-se a guerra entre os animais.

Lobo e cordeiro, gavião e pinto, onça e veado, raposa e galinhas, todos os bichos andam agora aos beijos, como namorados. Desça desse poleiro e venha receber o meu abraço de paz e amor.

- Muito bem! - exclama o galo. - Não imagina como tal notícia me alegra! Que beleza vai ficar o mundo, limpo de guerras, crueldade e traições! Vou já descer para abraçar a amiga raposa, mas... Como lá vem vindo três cachorros, acho bom esperá-los, para que também eles tomem parte na confraternização.

Ao ouvir falar em cachorro Dona Raposa não quis saber de história, e tratou de pôr-se ao fresco, dizendo:

- Infelizmente, amigo, tenho pressa e não posso esperar pelos amigos cães. Fica para a outra vez a festa, sim? Até logo.

E raspou-se.

Contra esperteza, esperteza e meia.
Agora, preencha a ficha de leitura.

A Fábrica da Laranja




- É tão bonito de se ver, tanto quanto um vaso de flores.

- O quê, mamãe?

- Uma cesta cheia de frutas.

- Frutas, mamãe?

- É isso mesmo.

- Vou te contar uma estória sobre frutas.

- Uma vez havia uma fruteira cheia de frutas na sala de minha avó. Eram tão lindas que eu imaginei que elas conversavam. Encostei minha cabeça na mesa para ouvir a conversa. Sabe o que estava acontecendo? Elas estavam brigando...

- Brigando mamãe?

- Sim, meu filho, brigando.

- Dizia a banana para o mamão:

- Você está vermelho demais, é de vergonha eu creio.

- Nada disso - respondeu ele - pensa que não vi! Você está cheia de pêlos e muito branquinha, por isso tem inveja de mim porque eu sou corado.

- Você não sabe nada... – respondeu a banana - não tenho pêlos seu bobinho, são as proteções para minha polpa.

Enquanto isso a pêra empurrava o abacaxi reclamando:

- Chega pra lá, você está arranhando a minha pele macia e delicada.

- Cala a boca, sua chata. – respondeu o abacaxi – você é que quer ficar grudadinha em mim só para sentir o meu perfume gostoso. Vamos, fala a verdade!

A pêra se afastou amuada. A ameixa reclamou da grosseria do abacaxi. A maçã foi logo se afastando para não entrar na confusão. O melão discutia com o cacho de uva que dizia:

- Vou falar com a dona da fruteira. Ela precisa separar as frutas. Estas frutas espinhosas – olhou para o abacaxi – têm de ficar com as de cascas duras amarelas – e olhou para o melão. Senão as frutas delicadas como o mamão, a dona pêra, a dona maçã serão esmagadas.

E assim continuaram a brigar, sem perceber a tristeza da laranja encostadinha neles. Pensava a laranja:

- Ninguém gosta de mim. Sempre escolhem a banana, o mamão e a dona maça. Não devo ter graça nenhuma.

Nesse momento entraram na sala de jantar, minha vovó, meu irmãozinho menor e o teu tio Pedro.

Sentaram-se ao meu lado sem se importar comigo ali deitada fingindo que dormia.

- Veja Pedro, - disse pegando a laranja na mão, - Esta é uma laranja. Quando você a pega na mão, assim, parece que não tem nada, não é mesmo?

- Suco vovó.

- Não meu querido, não é só isso. Veja o que a vovó vai fazer com uma laranja

Pegou a laranja e cuidadosamente tirou a casca. Depois tirou gomo por gomo e colocou no pratinho.

- Veja Pedro vou mostrar a você a fábrica de garrafinhas que a laranja tem.

- Fábrica de garrafinhas?

- Isso mesmo, veja.

Com cuidado tirou a pele do gomo e foi tirando as garrafinhas cheias de suco.

- Que coisa bonita vovó?

- E agora vamos à casca. Vamos parti-la em tirinhas e deixá-las de molho e mais tarde farei tirinhas de casca de laranja açucaradas.

- Puxa! quanta coisa não é vovó?

- Ali, fingindo que dormia, meu filho, aprendi muito. Às vezes você está no meio de tantos e se sente nada. Mas sempre há alguém que vem e mostra a você o seu valor chegando ao seu coração.

- Como a laranja mamãe?

- Isso mesmo, filho.

- Sabe meu querido, devemos comer de todas as frutas. É claro que há alguma que o seu corpinho não aceita.

- É, eu sei, por causa da alergia não é mesmo?

- Isso meu querido.

- Sabe mamãe, lá na escola vamos fazer uma salada de frutas. Vou aproveitar para contar a estória para eles.

Na fruteira a laranja estava feliz.

- Puxa não sabia que eu tinha uma fabriquinha dentro de mim...

E agora amiguinhos, vamos comer frutas?

Marlene B. Cerviglieri

FADA QUE TINHA IDÉIAS




Clara Luz era uma fada, de seus dez anos de idade, mais ou menos, que morava lá no céu, com a senhora fada sua mãe. Viveriam muito bem se não fosse uma coisa:

Clara luz não queria aprender a fazer mágicas pelo livro das fadas.

Clara Luz queria inventar as suas próprias mágicas.

− Mas minha filha, todas as fadas sempre aprenderam por esse livro− dizia a Fada Mãe. Por que só você não quer aprender?

− Não é preguiça, não, mamãe. É que não gosto de mundo parado.

− Mundo parado?

− É que quando alguém inventa alguma coisa o mundo anda. Quando ninguém inventa nada, o mundo fica parado. Nunca reparou?

− Não...

− Pois repare só.

A Fada Mão ia cuidar do serviço, muito preocupada. Ela morria de medo do dia em que a Rainha das Fadas descobrisse que Clara Luz nunca saíra da Lição Um do Livro.

A rainha era uma velha fada muito rabugenta. Felizmente vivia num palácio do outro lado do céu. Clara Luz e sua mãe moravam numa rua toda feita de estrelas, chamada Via Láctea. A casinha delas era de prata e tinha um jardim todo de flores prateadas.

Minha filha faça uma forcinha, passe ao menos para a Lição Dois! − pedia a Fada Mãe, aflita.

− Não vale a pena, mamãe. A Lição Um é tão enjoada, que a dois tem que ser duas vezes pior...

− Mas enjoada por que se ensina a fabricar tapete mágico...

− Já pensou que maravilha saber fazer um tapete mágico?

− Não acho não. Tudo quanto é fada só pensa em tapete mágico. Ninguém tem uma idéia nova!

Clara Luz estava sempre fazendo experiências com sua varinha mágica. Já de manhã cedo, reparava no bule de prata, olhava para ele e tinha uma idéia:

− Tem bico. Dá um bom passarinho.

E transformava o bule em passarinho, mas, o passarinho saía com três asas, duas novas e a do bule que tinha sobrado.

A Fada Mãe entrava na sala e levava um susto danado

− Que bicho esquisito é esse?

− É o bule, mamãe, que eu transformei em passarinho.

− Clara Luz! E agora? Onde vou coar o pó da meia noite para fazer o nosso café? E que idéia é essa de fazer passarinhocom três asas? Ao menos ponha só duas asas nele!

− Mas mamãe, ele gosta de ter três asas!

O passarinho furioso entrava na conversa:

− Não gosto não senhora! Faça o favor de me consertar já!

Clara Luz não acertava e quem acabava consertando era a Fada Mãe e o passarinho agradecia muito:

− Se não fosse a senhora eu não sei como seria! Essa sua filha é muito intrometida. E saía pela janela resmungando ainda.

− Veja só inventar que eu gosto de ter três asas!

Mas essas eram as idéias menores de Clara Luz. Havia outras bem maiores.

A maior amiga de Clara Luz era Vermelhinha, uma estrela cadente e por ser cadente Vermelhinha podia ir onde queria no céu. Ela e Clara Luz corriam sem parar brincando de esconder atrás das nuvens.

− Minha filha, porque você não arranja uma amiga mais calma, heim? − perguntava a Fada Mãe, às vezes muito tonta com as travessuras de Clara Luz e Vermelhinha.

Mas perguntava por perguntar, pois gostava muito de vermelhinha. Tanto que, no aniversário da estrela resolveu dar uma festa.

Vermelhinha ia fazer nove milhões de anos, o que para uma estrela é bem pouco.

Clara Luz, que adorava festas, estava felicíssima, ajudando a mãe muito direitinho que justamente na véspera da festa teve que sair para desencantar uma princesa.

− Não faz mal − disse a Fada Mãe − Está tudo quase pronto. Você pode ir fazendo a massa dos bolinhos de luz, enquanto eu vou ver a tal princesa. Acho que já sabe faze-los sozinha.

− Sei fazer muito bem.

− Ótimo! Amanhã cedo faço o bolo de aniversário. É só o que está faltando.

E a Fada Mãe abrindo suas asas cor de prata saiu voando pela janela, então Clara Luz correu para a cozinha e abriu o livro de receitas na página dos bolinhos:

Bolinhos de Luz

250 g de raio de sol

250 g de raios de luar

1 c de chá de fermento de relâmpago

Maneira de fazer:

Mistura-se bem os raios de sol e de luar, até saírem faíscas.

Junta-se então o fermento de relâmpago.



− Que fácil! − pensou Clara Luz. − Não sei como certas pessoas podem achar difícil

fazer bolo!

E foi tirando os raios de sol e de luar dos potes onde estavam guardados, nas prateleiras. Despejou tudo num tacho e mexeu, como a receita mandava. A cozinha inteira começou a brilhar, faiscar e fazer barulho.

Quando chegou a hora do fermento, Clara Luz teve uma idéia:

− Fermento é que faz o bolo crescer. Se em vez de uma colher de chá, eu puser um relâmpago inteiro, vai sair um bolão enorme. Mamãe amanhã nem vai precisar fazer o bolo das velas.

É claro que não havia relâmpago inteiro em casa. Clara Luz não se atrapalhou:

− O jeito é eu ir para a janela e pescar o primeiro que passar.

Mas não foi fácil. Nenhum relâmpago concordava em entrar no bolo:

− Eu não, ora essa! Tenho mais o que fazer!

Afinal passou uma família inteira de relâmpagos: pai, mãe e cinco filhos. Ninguém deu confiança à Clara Luz mas, o menor de todos, um relampagozinho muito esperto ia no fim da fila.

− Pssiu! − chamou Clara Luz. − Você quer entrar no meu bolo?

− Eu não, que não sou bobo. Pensa que quero ser comido em festa de aniversário?

− Clara Luz pensou um pouco:

− Você entra e depois sai. É só para fazer o bolo crescer.

O relampagozinho começou a gostar da idéia:

− Puxa! Deve ser divertido mesmo...

E aí a confusão ficou do tamanho certo!

Fernanda Lopes de Almeida

O CONSELHEIRO



     Contam que um certo lavrador possuía um burro que o repouso engordara e um boi que o trabalho abatera.
     Um dia, o boi queixou-se ao burro e perguntou-lhe :”Não terás, ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?” O burro respondeu: “ Finge-te de doente e não comas tua ração. Vendo-te assim, nosso amo não te levará para lavrar o campo e tu descansará”.
     Dizem que o lavrador entendia a linguagem dos animais, e compreendeu o diálogo entre o burro e o boi.
     Na manhã seguinte, viu que o boi não comera a sua ração: deixou-o e levou o burro em seu lugar. O burro foi obrigado a puxar o arado o dia todo, e quase morreu de cansaço. E lamentou o conselho que dera ao boi.
     Quando voltou à noite perguntou-lhe o boi: “Como vais, querido irmão?”. Vou muito bem, respondeu o burro. Mas ouvi algo que me fez estremecer por tua causa. Ouvi nosso amo dizer:” Se o boi continuar doente, deveremos matá-lo para não perdermos sua carne. Minha opinião é que tu comas tua ração e voltes para tua tarefa a fim de evitar tamanho infortúnio”.
     O boi concordou, e devorou imediatamente toda a sua ração.
     O lavrador estava ouvindo, e riu.

O azeiteiro e o burro




Dois estudantes encontraram numa estrada um azeiteiro que guiava  um burro, carregado de bilhas de azeite. Os estudantes, que estavam sem dinheiro, ficaram muito contentes com aquele encontro e combinaram roubar o burro para o venderem. Enquanto o pobre homem seguia o seu caminho muito sossegado da sua vida,  um deles tirou a *cabeçada do burro e colocou-a no pescoço, e o outro escapou-se com o burro e a carga. O que ficou em lugar do animal, parou de propósito para o azeiteiro olhar para trás. Qual não foi, porém, o espanto deste ao ver um homem em vez do burro!
O estudante disse para ele com voz muito terna: «Ah! senhor, quanto lhe agradeço ter-me dado uma pancada na cabeça ! *Quebrou-me o encanto que durante tantos anos me fez ser burro!...» O azeiteiro, tirou o chapéu e disse-lhe muito humildemente: «Perdi no senhor, como burro, *o meu ganha-pão; mas paciência! Como homem que agora é, peço-lhe muitos perdões...por tê-lo maltratado tanta vez; mas que quer?... o senhor fazia-me às vezes desesperar com as suas manias!»
-  Está perdoado, bom homem! - disse o estudante. - O que lhe peço é que me deixe em paz.
O pobre azeiteiro, quando se viu só, lamentou-se da sua desgraça, e foi pedir dinheiro a um compadre para ir no dia seguinte à feira comprar outro burro. Quando chegou à feira viu lá o animal que lhe tinha pertencido, e que o estudante, que ele não tinha visto quando lho roubaram, estava a vender. O azeiteiro, julgou que o homem-burro se tinha transformado outra vez no seu burro, chegou-se ao pé do estudante e pediu-lhe licença para dizer um segredo ao burro. O estudante disse-lhe que sim e o azeiteiro, chegou a boca  à orelha do animal, gritou com toda a força: «Olhe, senhor burro, quem o não conhecer que o compre».

domingo, 20 de maio de 2012

Para produzir melhor um texto


... Tem uma histórinha muito legal.


Era uma vez uma senhora muito boazinha que tinha duas netas: Marta e Regina.

As meninas moravam longe da casa de sua avó.

Quando chegou a época da Páscoa, a mãe das meninas disse:

- Filhinhas, a Páscoa está chegando e vocês devem escrever uma cartinha para sua avó, que mora longe, fazendo votos que ela passe uma boa páscoa.

As meninas disseram que iam escrever, porque a avó era muito boazinha, e elas queriam desejar-lhe boa páscoa, e dizer-lhe que não comesse muito chocolate, porque faz mal.

Um dia destes , Regina e Marta sentaram-se, pegaram papel e lápis e começaram a escrever.

Regina que era muito caprichosa , escreveu assim:


Querida vovó

Quero desejar para a senhora uma Páscoa muito feliz.

Quero também que o coelhinho lhe traga muito,muito chocolate.

Um beijo , Regina.



Mas o bilhete de Marta não era tão bonito. Marta não era caprichosa e por isso seu bilhete saiu assim:


Querida vovó

Desejo para a senhora ,não porque faz mal


Um beijo , Marta.



A vovó de Marta e Regina , ao ler as duas cartinhas , só entendeu a de Regina,e mandou-lhe um bonito coelho de chocolate.

Para Marta, ela mandou-lhe um presente menor, porque não entendeu o que queria dizer.


FIM

1. Depois de contar a histórinha ,faça com que as crianças leiam as duas cartinhas.
2. Pergunte de qual das duas cartinhas gostaram mais e porque.
3. Dizer que a cartinha de Regina está mais bonita porque ela escreveu tudo o que pensou,enquanto Marta colocou só uma parte do pensamento.
4. Dizer que para que as pessoas entendam o que

Para refletir

* “ Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados, sentimentos são pássaros em vôo. . .” *

( Mario Quintana )

A história do Lápis



O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.Finalmente, a Quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, portanto procure ser consciente de cada ação.
(PAULO COELHO)

Iauaretê-mirim enfrenta os lobos-guará